quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Conversando com cariocas

1
- Ah! Você é a menina de Minas, né?!
- Não, Mato Grosso.
- Ah tá! He he he. Adoro Campo Grande! 

2
- Adoro sotaque paulista!
- Que? Tá falando do meu sotaque? Sou do Mato Grosso.
- Ah tá! He he he. Mato Grosso do Sul ou do Norte?
- Só Mato Grosso.
- Vocês também tem uma rixa, né?! Tipo Rio e São Paulo.
- Vocês quem?
- Ah! Você sabe, entre os dois Mato Grosso.
- ? Não.
- Então porque você diz "só Mato Grosso"?
- Porque é só Mato Grosso.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

VINTE-E-UM

Hoje fui parabenizar minha amiga, aquela que até ano passado estava comigo em todos os meus aniversários e pra quem eu sempre preparei surpresas no dia do aniversário. No meio de um texto simples, desejando parabéns à distância, de repente: "quantos anos ela está fazendo mesmo? ela tem um ano a mais que eu...então...meu deus, socorro! Quantos anos eu tenho?". Olhei pra minha prima do lado pra perguntar qual era a minha idade, mas ela estava dormindo. Por uns longos minutos eu tive um leve desespero tentando lembrar minha idade! Um pouco em pânico, eu fui tentando racionar, e: eu tenho 21. Vinte-e-um! O que aconteceu aconteceu nos últimos 2 anos?

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

"Eu não vou cair na mentira
De dizer que eu quero que você encontre
A pessoa certa
Porque eu sincera e
Humanamente
Em toda a minha imperfeição
Feita de carne e osso
Gostaria de ser esse alguém"

Isabela Linhares

Abandono


O que será ser sua sem você?
(...)
Será ser livre sem querer

Chico Buarque

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Solidão

Que se ama muito suave.
(Gustavo Palomeque , 7 anos)

Escuro e sem quem falar.
(Andrés Felipe Bedoya, 8 anos)

Pensar em outro.
(Viviana Maria Sepúlveda, 9 anos)

Estar só com ninguém.
(Duván Arnulfo Arango, 8 anos)


Do livro "Casa das estrelas", de Javier Naranjo.

Ufa!

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah

























































Caguei.

Exagero

Quero saber de tudo
Respostas imediatas
De uma vez só
Fico encantada
Inquieta
Ansiosa
Fumo como caipora
Exagero
Em tudo
Explodo de saudade
Morro de vontade
Trinta mil pensamentos
Trezentas abas no navegador da internet
30 xícaras de café
477 possibilidades
15:12 e eu não fiz nada. 

Vinícius de Moraes/Carlos Lyra

Amor profundo por essa música e o que ela me faz lembrar

Hoje

Hoje quero mandar um beijo pra única leitora do meu blog. Uma mulher linda e que eu amo <3

Beijo! 

Felícia

Desde criança já era claramente perceptível a intensidade dos meus sentimentos nas minhas exageradas demonstrações de afeto. 
Hoje em dia, vez ou outra leio em algum lugar ou ouço falar que abraços são curadores e que só fazem bem, como: "Abraços são casas quando não temos teto"; "abraçar é encostar um coração no outro"; "o melhor presente que você pode dar é um abraço: ele é tamanho único e ninguém vai se importar se você quiser devolve-lo"; e "o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço". Ou, simplesmente: "hugs are good".
Lembro vagamente do lugar onde eu estava com meus coleguinhas de classe comemorando o aniversário de um deles. Festinha, comidinha, refrigerante, muita criança. Em uma rodinha, um sentimento do qual eu nem tinha consciência me fez dar um último-super-abraço em uma das minhas coleguinhas, antes de eu reparar no porquê dos meus abraços compulsivos. Depois do abraço, percebi que a reação dela não foi das melhores. No momento não dei muita importância, mas me retirei do local.
Andando pelo local da festa sozinha, ouvi pessoas reunidas conversando e me direcionei até lá pra me juntar a eles. Quando estava bem perto, estranhei a conversa e fiquei parada ouvindo, sem aparecer para eles. Eles estavam falando sobre mim, mas nada muito agradável. Eles diziam coisas do tipo:
- A Amanda é legal, mas ela fica abraçando toda hora! Aff!
- É mesmo! Ah não, que chata! Fica enchendo o saco.
- Nossa! Aqueles abraços dela...machuca!
Meu coração despedaçou naquele segundo. Acho que não queria mais ouvir aquilo e de alguma forma tinha que parar a conversa e dizer: "tô ouvindo, tá?!". Mas, sem pensar muito, apareci! 
Um minuto de silêncio da minha parte e da deles, até um delas quebrar o silêncio, dizendo:
- Eles estavam falando mal de você.
- Eu sei, estava ouvindo - eu disse.
Prontamente, todos foram se justificando:
- Eu não, eu não.
- Eu também não, elas que estavam.
- É, fulano e fulana.
Alguns, sem jeito, não vendo outra saída, se explicaram:
- Ah, eu só disse que você fica abraçando muito e é chato.
- É, machuca.
- O tempo todo.
Não me lembro o desfecho. Acho que fiquei por ali mesmo, pensando sobre minha atitude de abraçar tanto e tão forte. Não sabia disso, mas a partir daquele dia eu passei a concordar com elas, apesar de ter sido difícil ouvir aquilo e aceitar, rs.
Depois daquele dia, tentei ao máximo evitar esse tipo de demonstração de afeto com todos os meus coleguinhas.
Há dois anos atrás, conversando com minha analista, ela me chamou de "Felícia", se referindo ao amor e ao apego que tenho às pessoas. Claro, hoje não sou tããããão felícia como antigamente, mas reconheço essa minha essência e, depois de ter meu ego ferido, agora quando me lembro do que aconteceu dando risada.
Continuo abraçando muito sempre que tenho vontade, rs. Mas agora eu sei por que: "Abraços foram feitos para expressar o que as palavras deixam a desejar".

obs: Não sei ao certo os autores das frases entre aspas

"Eu vou abraçar, te beijar e te apertar até seus olhos pularem para fora e eu destruir todos os seus ossinhos" Felícia

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Ponta de solidão

Tenho essa noite um ponta de solidão
E você me inspira essa nova canção
Eu me sinto em meu pleno estar
E a lua já vem vindo me abraçar
É só imaginar

Vou descobrindo em pleno verão
É verdade que o amor aquece ainda mais o meu coração
Tudo é simples, bem como está
Sinto a vida me chamando pra dançar
E o som da noite a embalar

Eu preciso ficar um pouco mais na minha
Me sentir sozinha
Comigo ficar
Sentindo essa dor que é tão minha
E por isso sozinha
Eu quero chorar

Veja só do destino que indelicadeza
Me apresentou toda inspiração
Me mostrando do mundo tanta beleza
E agora me deixou só com a solidão

E ficando assim sozinha
Eu sei que eu só quero ficar
Lembrando daquela mulher
Que me fez apaixonar

Tão
Bela
Me
Fez
Apaixonar

Monólogo

Blá blá blá blá blá blá blá blá.
Passo a mão no cabelo, agoniada. Concordo com tudo, faço qualquer pergunta pra parecer interessada, fico rezando em pensando pra eternidade daqueles minutos passarem logo, insinuo fazer outras coisas pra ver se interrompo o monólogo.
Blá blá blá blá blá blá blá, bl, b, ... (!)

Fim. Agora sim! Como eu gosto de estar sozinha por aqui!

Todo dia

(Música em texto corrido)

Espera aí! Ainda não terminei de te olhar!
Eu gosto tanto de te admirar, eu gosto tanto de estar com você.
Não tô legal...ultimamente eu ando meio down. Tô assim um pouco baixo astral. Não sei se você me faz bem ou mal.
É que eu sinto vontade e não posso eu estar com você a todo momento. Aí, eu peço pra tempo passar e levar junto esse sentimento.

Espera aí! Fica um pouco mais pra conversar!
Eu gosto tanto de te ouvir falar, eu quero tanto saber de você.
Mas se você tiver que ir, eu vou ter que entender. Me diga "see you later" pra eu saber que você não vai me esquecer.
É que eu sinto saudade de estar na plateia do seu sorriso. E quando eu te abraço eu peço pro tempo parar, mas ele é sempre tão impreciso.

Já vou dormir com o anjinho que você mandou e tentar fazer o que você falou, mas é difícil longe de você! Sabe, eu sei que um dia eu vou estar com você sem precisar me explicar e sem você precisar me entender. Porque simplismente, puro e naturalmente, eu gosto da sua companhia. E...felizmente (ou infelizmente) eu penso tanto em você todo dia!

Sobre a saudade que eu sinto

Tenho saudade da sua incerteza
Do seu medo de saber que meu pensamento não é seu
Aí eu te explico, implorando pra você acreditar
É só seu meu pensamento
Porque mesmo quando não é, eu me lembro.

O que não me agrada

(2014)

Na verdade, a culpa é sua.
Deus me livre dessa culpa!
Prefiro loucura à tortura pro meu coração.

Além de não poder viver,
Ser culpada de não o fazer?
Ah não! Não me agrada muito ser escrava da razão.

Olhos amantes

(música em texto corrido - 27.11.14)

Num dia desses (tão igual) eu te reparei me mostrando um caminho todo aberto. “O caminho é esse”, eu pensei. De repente eu te vi tão perto...eu nem vi acontecer! E eu com meus olhos amantes, jurei: só quero te ver!  Mas eu não posso negar, eu não pude evitar sobre mim seus efeitos. Por isso eu quero arriscar, te sentir, te provar que pode ser nosso jeito.
De todo o envolvimento, tem todo estranhamento, tudo que se pode duvidar. De mim, de tudo isso, de você, de tudo aquilo...ninguém vai imaginar!
 E de repente nada mais está certo. Nada de errado também! Se eu te vejo, tô feliz, cê tá perto...eu te quero e você me quer bem. 
Então é isso, o que rolar, rolou. Daqui a pouco cê já vai, eu já vou. Só guardo os beijos pela madrugada num carro à beira da estrada. 

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Prefiro ela

Moça, desculpa! Mas, compreenda: não te quero mal.
É que as loucuras dela me agradam mais que as suas.
Pode parecer estranho pra uma musicista, mas eu gosto mais de ler o blog dela do que de ouvir sua linda voz e seus acordes perfeitos no violão;
Gosto mais da bossa dela do que do seu culto e vasto gosto musical;
Gosto mais da audiência jurídica dela do que da sua sala de cirurgia; 
Gosto mais da clareza dela do que da sua subjetividade;
Gosto mais do Malboro dela do que seu cigarro de palha;
Gosto mais do ciúme dela pra me prender do que sua tentativa de amor livre pra me agradar;
Eu gosto mais da subestimação dela do que da sua idolatria;
Quero mais dar prazer pra ela do que receber de você;
Prefiro imitar a postagem dela à repetir sua composição;
Prefiro o impossível com ela à todos os possíveis com você;
Por isso quero muito mais do que vai dar errado com ela do que o que daria certo com você.

Moça, desculpa! Mas, compreenda: escrevi isso por ela e não por você.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Pobre lamento

Nessas trilhas carregadas,
Os acasos são claros, vislumbrantes!
Como castelo de brilhantes.
Sinto rasgando-me a pele,
Cegando-me os olhos,
Com toda luz e toda beleza.
Ah! Pobre princesa!
Pobre de mim!


Aconteceu!
Com feitio cruel e básico.
Toda essa fúria e amargura apetecendo a lógica...
Há quantos dias!
Pobre menina,
Pobre de mim,
E pobre da vida nos ver assim.

Eu deixo e deixei, gostando!
Vendo toda luz se aproximando, sabendo!
Senti cortando-me a boca,
Calafrios!
Fenecendo o imo,
Sucumbindo,
Medíocre episódio...
Maldito!
Pobre lamento.
O amor e seu fim.

Melhor assim.

De sete em sete

Chegou mais uma vez um daqueles dias que ele tanta espera. O despertador é poupado de sua tarefa, porque, embora tivesse sido precavido de suas funções, nesses dias a ansiedade é sempre mais ligeira.
A manhã é longa e comida nenhuma tem saber. Mas, tudo bem! Nesses dias ele acredita que não há como evitar as condições que antecedem tanta felicidade.
Almoça depressa tudo o que consegue. Calcula o tempo que demora para se arrumar e sente a água quente pelo corpo enquanto canta. Nada a pensar sobre o passado, só sobre o futuro próximo e cada detalhe dele.
Enfim 13:30. De banho tomado, aromatizado com o melhor perfume e com a roupa mais bonita e discreta que tem no guarda-roupas, ele dirige o carro concentrado em desfazer-se do sorriso largo.
- Que caralho de buracos e toda essa chuva do verão! – fala em voz alta ao passar por um buraco, mas em seguida ri de sua própria irritação desnecessária. Afinal, “a vida é tão boa hoje!”.
Continua seu trajeto quase que em oração para que o trânsito coopere: cada segundo é fundamental.
Mais um encontro semanal. Ela comenta sobre o perfume e ele finge naturalidade, como se nenhuma ação tivesse sido pensada para que ela reparasse.
Frente a frente, novamente. Ele repete em pensamento o tempo inteiro como está feliz em estar ali. A conversa anda devagar. Ele esquece as palavras ensaiadas, treme a cada olhar e ri desajeitadamente quando acha que o momento exige um sorriso. Todas as palavras dela parecem entrar e sair da mente dele em questão de segundos. Para ele, a presença dela basta e tudo mais está sobrando. Toda a semana sobra. Ultimamente, as semanas estavam sempre cheias de sobras.
Tudo tão rápido! Agora já era hora de concentrar em aproveitar cada segundo do abraço que planejara. Com vontade de implorar para ficar e vontade de chorar, ele se despede educadamente, tentando não errar os passos até sair do local.

Tudo certo, mas ainda nada resolvido. O despertador dobra seu trabalho todos os dias, quase sempre sem sucesso...até o próximo 7º dia.

Quase ontem

Eu poderia te ligar, fingindo não ter intenção nenhuma, como tantas vezes eu fiz. Arrumaria qualquer desculpa para ir até sua casa, ficaria alguns minutos e mataria minha agonia, sem, porém, matar toda a saudade. É claro que iria embora morrendo de vontade de ficar, mas já seria melhor do que ficar aqui imaginando.
Mas não devo. Na verdade, não é melhor, não. Não sei a loucura que se passa na sua cabeça nesses dias e principalmente em qualquer momento específico que eu escolha pra fazer a ligação. É arriscado e pouco provável que eu acerte a hora que você queira falar comigo sem mostrar indiferença. Eu conheço as suas loucuras, mas não sei como elas se organizam (me refiro a momentos). Eu sei as possíveis maneiras que sua feição poderia me recepcionar, mas nesse momento exatamente eu não sei qual delas vai estar me esperando.
O fato é que tenho medo do jeito que você me olha. Ou melhor: tenho medo de sentir o que eu sempre sinto quando você me olha desgostosa da minha presença. Não sei se me arrisco indo te ver pra matar minha saudade e quem sabe ser totalmente rejeitada - fazendo com que toda a minha aparente compostura se abale descontroladamente - ou se permaneço aqui cheia de saudade sentindo vez ou outra uma ardência incontida no peito, mas imaginando que talvez você esteja também com saudade de mim e que também esteja lembrando de como é bom estarmos juntos.
Nem faz tempo. Foi quase ontem. Percebo que meus dias com e sem você são totalmente desiguais dos em que eu sempre vivi até o dia em que me apaixonei. Sinto todo esse sentimento clichê de que quando estou com você “o tempo voa” e quando estou longe “o tempo não passa”. Mas o que é engraçado é que há poucas horas respirava fundo me vangloriando da minha sensatez e de não chorar desesperadamente abarrotada de sentimentos pessimistas, achando realmente que “já faz tempo” e eu estou “relativamente bem”. Nem faz tempo! Foi quase ontem!
Deixando de lado a óbvia decisão a ser tomada que é de rir de mim mesma por ter sido enganada pela minha perspectiva de tempo longe de você e, portanto, me reconhecer incapaz de não sofrer por estar longe, acho posso pensar que estou bem e me animar com meus sentimentos. Comparando às minhas reações anteriores a cada decisão de me afastar de você, pode ser que eu esteja claramente superando meu desespero. Ou claramente me enganando de novo.

Acho que nada está claro por aqui.